quarta-feira, 22 de novembro de 2017

José, o paulista que perdeu a visão e se tornou professor no Acre

Escrito por Eduardo Gomes


José Andrade Rodrigues, 67, convive com a cegueira há pelo menos 20 anos. O ex-mestre de obras é natural de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e veio ao Acre pela primeira vez em 1985, trabalhar na construção de uma agência bancária. Foi aí que a vida dele mudou completamente.

Aqui, José conheceu a primeira esposa, com quem foi casado por mais de dez anos, e perdeu a visão durante um acidente de trabalho. Uma ponta de arame causou danos irreversíveis ao então mestre de obras: “Sempre fiz tudo, trabalhei a minha vida inteira e era independente. Foi difícil entender e fazer tudo diferente do que eu estava acostumado. Depois do acidente até voltei a trabalhar, por um ano e meio, na parte administrativa da empresa”, lembrou.

José conheceu o CAP em sua segunda vinda ao Acre.
(Foto: Eduardo Gomes/SEE)

O retorno ao Acre

Em 2001, a convite da família da ex-esposa, José voltou ao Acre para morar. Aqui ele se estabeleceu, conheceu o trabalho do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento à Pessoa com Deficiência (CAP/AC) e decidiu voltar a estudar.

Com auxílio dos profissionais do centro, ingressou na Educação de Jovens e Adultos (EJA), concluiu os ensinos fundamental e médio e fez a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Com uma boa nota, ele resolveu tentar uma vaga em uma faculdade particular. O então concludente do ensino médio se inscreveu no Programa Universidade Para Todos (ProUni) e foi selecionado para o curso de Letras. “Quando entrei na faculdade meu filho ficou maravilhado, pois ele também iniciou o curso superior em São Paulo, naquela mesma época. Ele teve alguns problemas durante o curso e eu acabei formando antes dele”, lembrou sorrindo.

 Hoje José tem smartphone com aplicativos específicos
(Foto: Eduardo Gomes /SEE)

O ingresso no CAP/AC

A vida do então estudante universitário mudou completamente. José passou a integrar a equipe do CAP/AC e auxiliar nas atividades oferecidas aos que, assim como ele, têm alguma deficiência visual.
Foram 12 anos como professor revisor. Era dele a responsabilidade de verificar se todo o material didático produzido pelos profissionais em mp3 e braille estava correto.

Mas não parou por aí. Depois da graduação e do aprendizado na prática, era hora de alçar voos mais altos. Foi então que José resolveu voltar ao banco da faculdade e se especializar em Educação Inclusiva. “Eu vi a necessidade de melhorar meus conhecimentos e tentar ajudar meus colegas com deficiência. Sei que é difícil vencer essas limitações, pois no ensino médio quando todos acharam que eu não ia acompanhar o restante dos alunos, eu cheguei a ser o aluno nota 10 da escola”, lembrou José.

Professor revisava materiais didáticos produzidos em braille.
(Foto: Eduardo Gomes/SEE)

Inclusão

José explica que, no meio em que vive, nem todo mundo tem acesso às tecnologias. Muitas vezes essa dificuldade é causada pela falta de conhecimento. Ele lembra que muitos serviços são oferecidos pelo poder público e estão a inteira disposição da sociedade. “Aqui no CAP eu conheci esse mundo chamado internet. Os profissionais são dedicados e nos ensinam tudo que precisamos saber. Além disso, nós temos outros recursos para aprender, audiolivro, braile, um programa que lê tudo que está na tela do computador”, destacou.

Hoje, José está inserido no dia a dia da cidade e no mundo virtual. Anda sozinho por Rio Branco, usa smartphone e baixa aplicativos específicos para pessoas com deficiência visual. Essas noções de tecnologia ele aprendeu com seus professores. “Às vezes, as pessoas não têm interesse de vir, a família também não incentiva. Hoje, uma grande maioria dos deficientes visuais conhece o CAP e tem a oportunidade de viver outra realidade”, disse.


José grava tudo que precisa lembrar no dia a dia.
(Foto: Eduardo Gomes/SEE)

Hora de parar?

José já está aposentado, mas não deixou de fazer suas atividades e estudar. Faz curso de informática no CAP, participa das palestras e oficinas oferecidas no centro e está se dedicando a um projeto especial, sua autobiografia.

O livro já tem pelo menos 30 páginas escritas. José diz que não pretende publicar o material, que deve ficar apenas para conhecimento dos familiares, colegas de trabalho e amigos mais íntimos. “Não quero escrever esse livro para publicar ou vender, quero apenas contar a minha história. Já vivi muita coisa nessa vida e acho que minha atitude pode encorajar outras pessoas a mudar de atitude”, finalizou.

CAP oferece diversas atividades às pessoas com deficiência.
(Foto: Eduardo Gomes/SEE)

CAP/AC

Criado no ano 2000, o CAP/AC antes era conhecido como Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CEADV). O modelo foi proposto pela Associação dos Professores Cegos do Brasil e se tornou referência nos estados.

A instituição já formou inúmeros alunos em diversos cursos. Pessoas que receberam instruções no CAP já atuam em instituições de ensino e hoje auxiliam no processo educacional inclusivo.

São os profissionais do CAP que também produzem a maioria do material didático utilizado pelos estudantes da rede pública. Os livros tradicionais são codificados em formatos acessíveis.

Segundo a coordenadora do centro, Gercineide Maia, o estilo e a qualidade de vida dos deficientes visuais atendidos pelo CAP mudam a partir do ingresso deles nas atividades.

“A proposta é orientar professores, alunos e a sociedade quanto ao processo de inclusão da pessoa com deficiência visual. Nós trabalhamos com o educacional, e isso reflete no social. Lutamos pela autonomia dessas pessoas, em casa, na relação com os amigos e no mercado de trabalho”.


Matéria publicada em: http://www.agencia.ac.gov.br/jose-o-paulista-que-perdeu-a-visao-e-se-tornou-professor-no-acre/
Data: 22/11/2017



terça-feira, 10 de outubro de 2017


CAP-AC REALIZA I SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL DO ACRE


O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP-AC) realiza na próxima terça-feira (17), o I Seminário Estadual de Educação da Pessoa com Deficiência Visual. O evento deve acontecer no auditório da Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre - SEE, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h.

Educação da Pessoa com Deficiência Visual: da alfabetização em Braille à Tecnologia Assistiva é o tema central do evento, que envolve palestras, mesa redonda, depoimentos de pessoas com deficiência visual e profissionais da educação que já auxiliaram do processo de alfabetização de alunos com cegueira, além de uma exposição do projeto intitulado: “Estimulando os sentidos remanescentes”.

O Seminário pretende abordar as “conquistas e desafios” no sistema educacional, quanto ao processo de alfabetização da pessoa com deficiência visual no Acre, fomentando sua importância para a promoção do sujeito na sociedade, o fortalecimento e o papel das instituições envolvidas nesse processo.  Para isso, tem como público-alvo gestores educacionais, coordenadores municipais e estaduais da Educação Básica, professores do Atendimento Educacional Especializado – AEE e professores dos Centros Especializados como Dom Bosco, Centro de Apoio ao Surdo - CAS e Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação - NAAH/S.



Legenda: convite.
Descrição: Do lado esquerdo do convite, há um plano de fundo na cor branca, com detalhes na cor laranja. Na parte superior, aparece o designer de um olho  com formas geométricas coloridas, simulando o contorno dele e uma esfera no centro, na cor preta. Abaixo está escrito: I Seminário Estadual de Educação da Pessoa com Deficiência Visual: da alfabetização em Braille à Tecnologia Assistiva. Do lado direito do convite, há um plano de fundo na cor roxa, com letras na cor branca. Acima está em destaque a palavra: convite. No centro: O Governador do Estado do Acre, Tião Viana, e secretário de Educação e Esporte, Marco Brandão, tem o prazer de convidá-lo (a) para o I Seminário Estadual de Educação da Pessoa com Deficiência Visual: da alfabetização em Braille à Tecnologia Assistiva.
Data: 17/10/2017.
Horário: das 7h30 às 12h e das 14h às 17h.
Local: Auditório da SEE.
Na parte inferior: Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual/CAP-AC; Secretaria de Estado de Educação e Esporte - SEE e logomarca Novo Acre: governo parceiro, povo empreendedor e ao lado, a bandeira do Estado do Acre.

O debate e a reflexão sobre a prática pedagógica são fundamentais para o êxito no processo de aprendizagem dos alunos. Além disso, o Seminário será uma oportunidade de divulgar a importância da alfabetização da pessoa com deficiência visual, com a utilização de recursos diferenciados, que englobam do Braille à Tecnologia Assistiva, bem como, abordar esta temática com base na Política Nacional de Alfabetização de Pessoas com Deficiência Visual.




quinta-feira, 28 de setembro de 2017

CURSO DE LEDOR E TRANSCRITOR


O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP-AC) oferta vagas para o curso de LEDOR E TRANSCRITOR. O  curso tem carga horária de 60 horas e será ministrado, a partir de aulas teóricas e práticas. 

O curso tem como objetivo fornecer subsídios técnicos para o desempenho da função de ledor e transcritor, a partir do desenvolvimento de atividades de leitura, escuta e gravação de áudio, considerando o ritmo, a pontuação, a tonalidade e a entoação de voz, como recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência que necessite de ajuda em concursos, vestibulares, entre outros.

CURSO DE LEDOR E TRANSCRITOR - 60 horas




Imagem: temos o ícone de uma pessoa segurando um livro aberto e um ícone de uma mão segurando uma caneta.


FAÇA SUA INSCRIÇÃO!

CURSO: LEDOR E TRANSCRITOR 

CARGA HORÁRIA: 60 horas.

INSCRIÇÕES: 02, 03 e 04/10 - Das 08h às 11h e das 14h às 17h.

LOCAL DAS INSCRIÇÕES: CAP-AC (Rua José Gomes de Freitas, 650, bairro 7º BEC (conhecido como Estação Experimental).

PERÍODO DO CURSO: 09/10  a 03/11

HORÁRIO DO CURSO: Das 18h às 21h

PÚBLICO: Professores do AEE, professores de sala comum da Rede Pública de Ensino e comunidade.


DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS NO ATO DA INSCRIÇÃO

  • Documento de identidade (original e cópia);
  • CPF (original e cópia);
  • Certificado de conclusão de Ensino Superior ou Ensino Médio (original e cópia);
  • Declaração original da escola para as vagas destinadas aos professores.

CERTIFICAÇÃO
Para obter certificação o cursista deve ter:

  • Frequência mínima de 75%;
  • Alcançar aprovação tanto nas avaliações teóricas, quanto nas práticas.
OBS.: O cursista deve ter no mínimo 18 anos.

PARA MAIS INFORMAÇÕES, ENTRE EM CONTATO CONOSCO:
3226 3826










terça-feira, 5 de setembro de 2017


REPRESENTANTES DA ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS DO ACRE PARTICIPAM DE OFICINA DE INICIAÇÃO AO XADREZ

Escrito por Hyrla Mariano

Na última sexta-feira, dia (01), representantes da Associação dos Deficientes Visuais do Acre (ADEVI) participaram de uma oficina experimental de iniciação ao xadrez, no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP-AC). Com auxílio do Mestre Internacional de Xadrez Roberto Molina, do Instituto de Matemática, Ciências e Filosofia do Acre, o grupo teve contato com as primeiras noções do esporte.

Roberto Molina é competidor e treinador de xadrez desde 2010, atuando a partir de aulas presenciais e online.  Além disso, Roberto é o treinador do atual campeão brasileiro de xadrez na categoria de pessoas com deficiência visual, Crisolon Vilas Boas. O Mestre enfatiza o poder inclusivo do esporte e destaca o quanto a experiência é significativa.


Imagem: Representantes da ADEVI, coordenadora do CAP/AC Gercineide Maia, o Mestre Molina e seu auxiliar Neurismar Souza posam sorridentes para a foto. Na mesa, vemos quatro tabuleiros de xadrez adaptados.

“A partir de 2008, comecei a fazer experimentos com um aluno com deficiência visual de nascença. No início achava bem complicado, mas depois vi que não tem segredo nenhum, é só mudar um pouco a didática e apesar das dificuldades, é um esporte totalmente inclusivo, pois a pessoa com deficiência visual pode jogar de igual para igual, e devido ao poder inclusivo do xadrez, eu sempre invisto meu tempo nisso”, destaca o Mestre.

Para que o jogador com deficiência visual tenha acesso adequado ao material de xadrez, são necessárias algumas adaptações: o tabuleiro possui as casas perfuradas, sendo que as peças se encaixam no centro de cada uma, além disso, temos as casas pretas em alto relevo, para se distinguir das brancas. Para diferenciar a cor das peças, existe um detalhe semelhante a um pino em cima das peças brancas, destacando-as das pretas.

O xadrez apresenta inúmeros benefícios para o jogador: aumenta a concentração, melhora o aprendizado, estimula o cérebro a planejar e memorizar, além de favorecer a socialização e a integração social. Francisco Heliton do Nascimento, vice-presidente da Adevi, já tinha uma experiência básica de Xadrez e fala, com entusiasmo da oportunidade de aprender mais sobre o esporte. 

“O xadrez é uma inclusão social. Nós sabemos que o bem estar do homem, do cidadão, se dá, olhando para o lado da saúde, educação, cultura e do esporte. Todas essas áreas se associam para o nosso bem-estar social e essa inclusão social ocorre por meio do nosso bem-estar. O xadrez nos traz essa oportunidade de estarmos incluídos, interagindo com os nossos pares e praticando um esporte, que para muitos é tido como esporte de elite, e nós não tínhamos essa oportunidade”, destaca Heliton.

Muitas pessoas não sabem que uma pessoa com deficiência visual também consegue jogar xadrez com desenvoltura, como relata Neurismar Souza, que é militar e pratica o esporte há algum tempo. Até a vinda do mestre Molina ao Acre, o jogador não sabia que pessoas com deficiência visual também podem jogar Xadrez, a partir de técnicas apropriadas para esse público. “Esse esporte nos ajuda na escola, na vida diária, no desenvolvimento de raciocínio voltado para a estratégia e tática, etc. Pude auxiliar na oficina de hoje e vi o quanto a inclusão das pessoas com deficiência é importante”, enfatiza Souza.


ADEVI

Fundada em 15 de março de 1991, a Associação dos Deficientes Visuais do Acre (ADEVI) é uma associação sem fins lucrativos, que visa apoiar e incentivar as pessoas com deficiência visual nas áreas da educação, saúde, trabalho, profissionalização, assistência social, esporte, lazer, arte, música entre outros, buscando ampliar o processo de integração desses indivíduos. 

Atualmente, a ADEVI funciona de Segunda a Sexta das 8:00 às 12:00 e das 14:00 às 17:30 e está localizada na Rua Dom Bosco, número 511, no bairro Bosque (Sede das Entidades das Pessoas com Diversas Deficiências filiadas à CADES), na cidade de Rio Branco – Acre, onde realiza diversos projetos sociais e oferece serviços variados para as pessoas com deficiência visual.

Saiba mais sobre a ADEVI:
Facebook: Adevi Vida e Cidadania.
E-mail: adeviacre@gmail.com

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

VAMOS FALAR DE AUDIODESCRIÇÃO...



De acordo com o Blog da Audiodescrição, no campo das Letras, a audiodescrição é uma modalidade de tradução semiótica que consiste em transformar o visual em verbal. Já, no campo da Comunicação, a audiodescrição tem a finalidade de transformar uma mensagem transmitida pelo emissor de forma visual, de modo que faça o mesmo sentido para o receptor que a recebe de forma audível; Na Cultura, a audiodescrição é a arte de descrever imagens por meio das palavras.

Para as Pessoas com Deficiência, a audiodescrição é uma tecnologia assistiva, um recurso de acessibilidade que permite ouvir o que não pode ser visto, compreender o que não pode ser compreendido sem o uso da visão.

Onde se aplica a audiodescrição?

As primeiras iniciativas aconteceram em peças de teatro, logo em seguida o cinema, pouco mais tarde a televisão.

Quase diariamente profissionais da audiodescrição descobrem mais e mais situações em que o recurso pode, e deve, estar presente de modo a permitir a inclusão da pessoa com deficiência:

Artes Plásticas: museus, galerias de arte.
Educação: salas de aula, congressos, seminários, palestras.
Eventos Esportivos: em todas as modalidades esportivas, incluindo Olimpíadas, Paralimpíadas e Copas do Mundo de Futebol.
Eventos Religiosos: missas, casamentos.
Festas: carnaval, desfiles militares, festas de São João.
Filmes: em todos os tipos de filmes e documentários, de curta ou longa-metragem, em salas de cinema ou em casa.
Internet: fotos, gráficos, ilustrações, vídeos publicados em sites.
Publicações: livros, apostilas, folders.
Teatro: em todos os tipos de encenações realizadas ao vivo como peças, dança, musicais, circo.
televisão: em todos os tipos de programas e peças publicitárias, gravados ou ao vivo.

FONTE CONSULTADA
Acesse: http://www.blogdaaudiodescricao.com.br/audiodescricao

Vamos conferir dois vídeos produzidos com audiodescrição:

No Seu lugar

Se não...



terça-feira, 8 de agosto de 2017

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSO DE BRAILLE E BAIXA VISÃO NO CAP/AC



Escrito por Hyrla Mariano

O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC) oferta dois cursos para professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores da sala comum da Rede Pública de Ensino e pessoas da Comunidade: Metodologia de Leitura e Escrita do Sistema Braille e Baixa Visão.


O curso de Metodologia de Leitura e Escrita do Sistema Braille tem carga horária de 120 horas e oferta duas turmas: uma no horário da tarde, das 13h às 17h e outra no período noturno, das 18h às 21h.  Já o curso de Baixa Visão, com carga horária de 80h, terá uma turma com aulas ministradas no período da manhã, das 7h às 11h.



INSCRIÇÕES:
ENDEREÇO: RUA JOSÉ GOMES DE FREITAS, 650, 7º BEC (AO LADO DO ANTIGO POSTO BARRAL Y BARRAL).
PERÍODO DA INSCRIÇÃO: 07,08 e 09/08
HORÁRIO DA INSCRIÇÃO: 8 às 11h e das 14 às 17h

DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS
- Documento de Identidade (original e cópia)
- CPF (original e cópia)
- Certificado de Ensino Médio ou Superior (original e cópia)
- Declaração para professores (original)

Para mais informações, entre em contato conosco: 3226 3826



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

ALUNA COM SÍNDROME DE IRLEN PARTICIPA DE CONCERTO DE CAMERATA DE CORDAS


Escrito por Hyrla Mariano


A aluna Ingrid Sayuri de Oliveira Sano participou de uma apresentação instrumental realizada na Usina de Artes João Donato, no dia 05 de agosto de 2017, às 19 horas. Ingrid tem 14 anos, estuda no 8° ano e tem aulas de violino há seis meses. A adolescente tem Síndrome de Irlen, uma alteração do processamento visual, de ordem hereditária e genética, causada pelo desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz. Ingrid utiliza óculos com lentes especiais, que são na realidade, filtros que corrigem o distúrbio visual-perceptivo. Assim, ela consegue realizar suas atividades diárias de forma satisfatória.

A música se tornou uma das atividades preferidas de Ingrid. Além da dança, a jovem se envolveu com aprendizado do violino, um instrumento de cordas friccionadas, que emite um som produzido pela ação de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas. A atividade faz parte do projeto Ensino Coletivo de Cordas, um projeto da Universidade Federal do Acre, que visa colaborar na ação de educação musical de formar instrumentistas no estado do Acre. A música contribui de forma significativa para melhorar a atenção, a memorização, organização e processamento de informações, que, muitas vezes são comprometidos pela Síndrome de Irlen.


Imagem: Ingrid Sayuri, sorridente, segura o instrumento que está aprendendo a tocar, o violino.


Projeto Ensino Coletivo de Cordas
O Projeto Ensino Coletivo de Cordas é um projeto ligado à Pró-Reitoria de Extensão e à Pró-Reitoria de Graduação, ambas da Universidade Federal do Acre. Foi iniciado em 2016 e já conta com três turmas e um pólo fora da UFAC, visando ampliar o projeto, fora do ambiente acadêmico. 



Imagem: Orquestra realizando apresentação com instrumentos de cordas: violinos e violoncelos.


Camerata de Cordas da UFAC
Fundada em 2017, a Camerata de Cordas é ligada a PROGRAD/PROEX e trabalha com um repertório composto para cordas friccionadas de compositores estrangeiros e brasileiros de períodos variados, inclusive contemporâneo. Sob regência de Leonardo Feichas, a Camerata de Cordas tem como objetivo a divulgação de repertório para orquestra de cordas e também o aprimoramento técnico dos alunos participantes, oferecendo a eles experiência do trabalho em orquestra e de apresentações públicas. 








sexta-feira, 14 de julho de 2017

CAP-AC FORMA DUAS TURMAS DE PRÉ-SOROBÃ

Escrito por Hyrla Mariano


O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC) forma duas turmas de Pré-Sorobã, atendendo uma demanda de professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores da sala comum da Rede Pública de Ensino, pessoas com deficiência visual e pessoas da Comunidade. 

O Sorobã ajuda a desenvolver a atenção, concentração, memorização, percepção, coordenação motora e cálculo mental, principalmente porque o praticante é o responsável pelos cálculos, não o instrumento. A prática do Sorobã possibilita realizar cálculos em meio concreto, aumenta a compreensão dos procedimentos envolvidos e exercita a mente. 

É notável que desde criança, em suas práticas sociais, os indivíduos aprendem brincadeiras, músicas e jogos que incluem noções matemáticas, às vezes até antes de ingressarem na escola. O curso de Pré-Sorobã utiliza tais estratégias, visando trabalhar os conceitos matemáticos de forma dinâmica e significativa.

O curso de Pré-Sorobã tem carga horária de 60 horas e tem por objetivo fornecer orientações gerais para o conhecimento dos números e a introdução das técnicas para o aprendizado do Sorobã, desenvolvendo atividades práticas de cálculos matemáticos através de jogos, brincadeiras e materiais pedagógicos.

O aluno Célio Roberto Alves ficou cego há um ano e três meses e vivencia o período de adaptação. Logo, buscou auxílio no CAP-AC, fazendo os cursos disponíveis. “Eu fiz os testes. Os colegas produziram materiais para o ensino do Sorobã e eu testava se estava acessível. Foram construídas várias opções de brinquedos, inclusive um dado, que ganhei de uma colega e até hoje, brinco com o meu neto. O conteúdo do curso foi muito bom, eu aprendi muito!”, destacou Célio.



Imagem: Vários materiais produzidos no curso de Pré-sorobã: livros que trabalham conceito de número e quantidades.

Para mais informações sobre os cursos ofertados pela instituição, entre em contato conosco: 3226 3826

terça-feira, 11 de julho de 2017

ARRAIAL DO CAP/AC


O Arraial do CAP/AC aconteceu no dia 08/07/17 e reuniu professores, alunos, familiares e a comunidade em geral, numa linda festa, com muita animação, comidas típicas, pescaria e bingos. Foi uma noite muito agradável! Além disso, tivemos muitos momentos de interação e participação de todos. As pessoas com deficiência visual participaram dos bingos utilizando cartelas ampliadas e em Braille; na pescaria, foi utilizado um ímã e metal na parte superior do peixe, tornando a pescaria acessível, pois com pouca aproximação, era possível pescar o peixinho.

Queremos agradecer a todos que participaram do evento, bem como, a todos que colaboraram para o seu sucesso. 

Seguem algumas fotos do evento, registradas com muito carinho:


Imagem 1: Foto do painel e mesa de decoração. No painel em madeira, estilo grade, há um quadro com dois bonecos caipiras, cortinas em tecido chita. Sobre a mesa, há jarros com flores, caixas em madeira, baldes decorados, chapéus, dentre outros detalhes.



Imagem 2: Foto da Pescaria. Piscina cheia de pó de serra com os peixinhos enterrados. Ao redor estão os prêmios da pescaria. Ambiente bem colorido.


Imagem 3: Fran Marques, sorridente, faz pose em frente à mesa de decoração. Ela está vestida com vestido colorido e usa trancinhas nos cabelos.



Imagem 4: Foto da rainha caipira Izabel e do rei caipira Nelson, vestido com trajes típicos de arraial.



Imagem 5: Professoras sorridentes posam para foto.  Algumas seguram acessórios: jarros de flores e balde decorado. Na sequência: a coordenadora do CAP/AC, Gerci Maia, a coordenadora da Educação Especial, Úrsula Maia, professora Maria de Jesus Braga, professora Kelly Cunha, professora Odessina Martins, professora Kissy Gomes e logo abaixo, agachada, professora Andréia Almeida.



quinta-feira, 22 de junho de 2017

VOCÊ CONHECE A SÍNDROME DE IRLEN?


A Síndrome de Irlen é uma alteração do processamento visual,de ordem hereditária e genética, causada pelo desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz. Ela foi descoberta em 1987, nos Estados Unidos, através dos estudos da Dra. Helen Irlen.  A Síndrome provoca um desajuste no processamento visual, afetando o desempenho da leitura, podendo interferir também em outras atividades visuais como: percepção de profundidade e capacidade de acompanhar objetos em movimento. Os sintomas se agravam se a pessoa estiver sob iluminação branca luminescente.

Os profissionais da escola devem saber que crianças com S.I. enxergam bem e não percebem que possuem estas alterações ou distorções na visão – o que significa que, ao serem encaminhadas ao oftalmologista, a avaliação poderá ser “normal”. A Irlen é detectada através de um exame de processamento visual realizado por um profissional da saúde ou de educação devidamente capacitado. Os profissionais que recebem este treinamento são chamados de Screening. O momento ideal para se identificar a síndrome é por volta dos 6 ou 7 anos de idade, por ser a fase inicial de aquisição da leitura e escrita. 



Características de Irlen (crianças ou adultos):

Tropeçam com frequência, deixam cair objetos; 
Levam muito tempo para realizar leituras e para acabar a lição de casa; 
Queixam-se de dores de cabeça, tensão ou cansaço na escola ou quando realizam leituras; 
Evitam a leitura ou não tem prazer em ler, principalmente em voz alta; 
Saem-se mal em testes cronometrados ou testes padronizados; 
Leem o começo do capítulo e os resumos ao invés de lerem o capítulo todo; 
Tem mais facilidade em aprender nas discussões orais do que lendo; 
Esforçam-se bastante para tirar boas notas, mas não conseguem; 
Podem ser considerados preguiçosos ou desmotivados e sempre lhes dizem que poderiam render mais, caso se esforçassem; 
Tem problemas de fluência e compreensão da leitura; 
Tem problemas de concentração durante a leitura ou escrita; 
Distraem-se facilmente ao ler ou escrever; 
Ficam distraídos ou apresentam desconforto quando estão num local com luzes fluorescentes ou brancas; 
Entram em estado de devaneio durante a aula; 
Não conseguem permanecer muito tempo fazendo tarefas acadêmicas; 
Queixam-se frequentemente de dores de cabeça, enxaqueca e outros sintomas físicos, tais como: dores de estômago, tontura e fadiga; 
Sempre que podem preferem ficar no escuro ou com fraca iluminação; 
Sentem-se incomodados com a luz de faróis de veículos e com brilho em geral; 
Apresentam desconforto visual ao usar o computador e terminam o dia exaustos; 
Podem apresentar dificuldade ao olhar para listras ou xadrez; 
Podem apresentar pouca noção corporal espacial ou dificuldade com degraus e escadas rolantes; 
Tem dificuldade para pegar uma bola que lhes é atirada; 
Na infância podem apresentar tendência a brincar debaixo de móveis, dentro de guarda-roupa ou simplesmente com menos luz nos ambientes; 
Apresentam incômodo também com o som alto ou alergias pelo corpo e principalmente nos olhos porque são extremamente sensíveis também nos outros órgãos dos sentidos; 
Apresentam pouca coordenação motora grossa e fina. 


Tratamento

Infelizmente não há tratamento para a cura e os sintomas não melhoram com a idade ou uso de medicação. Porém há procedimentos que ajudam a aliviar os sintomas como o uso de transparências para a leitura, enquanto que os filtros, adaptados aos óculos ou lentes de contato, propiciam melhora no desempenho ao uso do computador, na leitura à distância, ao subir e descer escadas e na coordenação e equilíbrio em práticas desportivas.

O tratamento consiste em avaliações psicopedagógicas de forma a que a criança venha a lidar com sua diferença, em primeiro lugar. Feito isto a avaliação passa à sobreposições coloridas que serão chamadas de Overlay, que são transparências de acetato colocadas sobre textos ou na leitura, ou ainda, óculos com filtros nas lentes, que recebem tratamento exatamente para serem filtros, de acordo com o problema da criança, dentro das variâncias que se observa de um a outro indivíduo.

Os acetatos coloridos ou os filtros Overlay, ou mesmo as lentes especiais nos óculos, são na realidade filtros espectrais que vem a corrigir o distúrbio visual-perceptivo que por ser de base neurológica não é detectado em exames oftalmológicos de rotina. À medida que se testa, individualmente a faixa espectral com os filtros, percebe-se uma melhora na leitura. Constatada a necessidade de um filtro específico para aquele paciente isto vem para o dia-a-dia, como uso dos óculos. Existem óculos, por enquanto, produzidos apenas nos Estados Unidos, com a coloração das lentes específica à necessidade do sujeito. Infelizmente, eles continuam sendo inviáveis para boa parte das famílias, não só pelo custo, mas também porque o grau da criança ainda é instável.


Imagem: Professora testando acetatos coloridos com aluno.


Confira algumas dicas para os professores:
Primeiro passo: aproxime-se sempre do seu aluno. Muitas vezes eles nos dão pistas sobre o que fazer.
Vale ressaltar que a S.I. não tem nenhuma relação com a inteligência. As dificuldades explicitadas são extintas com o uso das transparências ou lentes específicas.
Motive o seu aluno o máximo que puder, pois, quando ele se sente acolhido e seguro, consegue driblar melhor algumas dificuldades. É muito comum que estas crianças tenham uma inteligência acima da média, já que precisam o tempo todo de um esforço muito maior que os demais para resolver situações-problema.
Cuidado com o contraste da folha e do texto (claro e escuro – preto no branco). Use o texto de cor escura em um fundo claro (não branco). Se você já souber qual é a cor de conforto da criança, utilize-a sempre, seja através da mudança de cor da folha, seja com o apoio das overlays.
Se a criança ainda não tem a overlay, as pastas plásticas coloridas, conhecidas como pasta em L no Brasil, também podem ser utilizadas na adaptação das atividades de leitura. Para a escrita, utilize as folhas de sulfite coloridas ou outro tipo de papel, também com alguma cor. Dê preferência a papéis mais espessos e foscos, para evitar que o outro lado fique transparente… nada de brilho!
Use e abuse das figuras para explicar novos conteúdos ou reforçar conteúdos antigos.
Evite palavras sublinhadas ou em itálico. O negrito é bem-vindo.
Aproveite as atividades que envolvam o pensamento e o raciocínio lógico, pois, em grande parte das vezes, crianças com S.I. possuem habilidades nesta área.
Utilize jogos como o quebra-cabeça e peças tridimensionais.
Explore a criatividade da criança.
É necessário, sempre, descobrir como o aluno aprende melhor (tendo ele S.I. ou não). Perceba como ele prefere aprender, se gosta de explorar, sentir, ouvir ou ver. Isso ajuda muito!

Utilize programas para o computador ou tablet como: Irlen Colored Overlays – para computadores e notebooks (tem um pequeno custo); Irlen Colored Overlay App – para Smartphone android e tablet (tem um pequeno custo); Color Overlay, ferramenta de sobreposição de cor que pode ser adicionada ao Google Chrome através do painel de administração do Google Apps (este recurso é gratuito e muito bom, utilizado apenas em ambiente web); Ssoverlay – semelhante ao Color Overlay, do Google, porém para ser utilizado no Windows. Bem interessante e gratuito.



FONTES CONSULTADAS:


http://vaiali.com/noticia/a-sindrome-de-irlen - Acesso em 19/06/2017

http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/sindrome-de-irlen-nunca-ouvi-falar/ Acesso em 19/06/2017

quarta-feira, 21 de junho de 2017

PARTICIPE DO ARRAIAL DO CAP-AC!


CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO PARA ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL DO ACRE REALIZA ARRAIAL 

O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP-AC) realiza arraial no dia 08 de julho de 2017 (sábado), a partir das 16 horas. O local do evento é o Buffet Castelinho, localizado na Rua Princesa Isabel, número 89, no bairro Estação Experimental.

O Arraial do CAP-AC promete muita música, animação, além da tradicional pescaria para a criançada se divertir e bingos com prêmios variados. Sem falar no cardápio recheado de comidas deliciosas: galinha picante, rabada, cachorro quente, charuto, bolos, pudins, entre outras opções... uma ótima oportunidade para curtir com a família e/ou com os amigos. Não perca!



Imagem mostra convite. Na parte superior está escrito: Participe do Arraiá do CAP-AC! Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre. À esquerda mostra um boneco de braços abertos, vestido com blusa azul claro, com bolinhas pretas, botões amarelos e chapéu na cor laranja. À direita está escrito: data: 08/07/2017, horário: a partir das 16 horas, local: Buffet Castelinho, Rua Princesa Isabel, 89 - Estação Experimental, Rio Branco - AC. 

Saiba mais sobre a localização do Buffet Castelinho,  acessando o link: 

http://maps.google.com/?cid=13198236958524331056&hl=pt&gl=bro




quarta-feira, 14 de junho de 2017

CAP/AC ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSO DE PRÉ-BRAILLE


CAP/AC ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSO DE PRÉ-BRAILLE
 Escrito por Hyrla Mariano


O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento Às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC) oferta curso na área de Pré-Braille para professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores da sala comum da Rede Pública de Ensino e pessoas da Comunidade. 

O curso de Pré-Braille tem Carga Horária de 60 horas e fornece subsídios teóricos e práticos, além de orientações acerca do atendimento das necessidades básicas de uma criança com cegueira, no processo de alfabetização, estabelecendo conteúdos que venham prepará-la para um desempenho satisfatório nas tarefas de ler e escrever em Braille. Dessa forma, o cursista deve refletir sobre a prática pedagógica em Alfabetização, bem como analisar o processo de aquisição da leitura e escrita da criança com deficiência visual, a partir de diferentes situações de aprendizagem.

FAÇA SUA INSCRIÇÃO!
ENDEREÇO: RUA JOSÉ GOMES DE FREITAS, 650, 7º BEC (AO LADO DO ANTIGO POSTO BARRAL Y BARRAL).
PERÍODO DA INSCRIÇÃO:
12 a 19/06/2017
HORÁRIO DA INSCRIÇÃO:
8 às 11h e das 14 às 17h
PERÍODO DO CURSO:
continuam até 19/06
HORÁRIO DO CURSO:
NOTURNO
CARGA HORÁRIA:
60 HORAS



DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS
- Documento de Identidade (original e cópia)
- CPF (original e cópia)
- Certificado de Ensino Médio ou Superior (original e cópia)
- Certificado de Braille (original e cópia)
- Declaração para professores (original)



Para mais informações, entre em contato conosco: 3226 3826

CAP/AC OFERTA CURSO DE PRÉ-SOROBÃ


CAP/AC OFERTA CURSO DE PRÉ-SOROBÃ
Escrito por Hyrla Mariano

O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento Às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC) oferta curso de Pré-Sorobã para professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores da sala comum da Rede Pública de Ensino e pessoas da Comunidade. 

O Sorobã ajuda a desenvolver a atenção, concentração, memorização, percepção, coordenação motora e cálculo mental, principalmente porque o praticante é o responsável pelos cálculos, não o instrumento. A prática do Sorobã possibilita realizar cálculos em meio concreto, aumenta a compreensão dos procedimentos envolvidos e exercita a mente. 

O curso de Pré-Sorobã tem carga horária de 60 horas e fornece subsídios teóricos e práticos na construção do conceito de número e dos conceitos matemáticos, por meio de jogos e iniciação ao uso do Sorobã, instrumento utilizado pelo aluno com deficiência visual, na realização das operações matemáticas. 

FAÇA SUA INSCRIÇÃO!

LOCAL DA INSCRIÇÃO E CURSO: CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO PARA ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL DO ACRE (CAP/AC)
ENDEREÇO: RUA JOSÉ GOMES DE FREITAS, 650, 7º BEC (AO LADO DO ANTIGO POSTO BARRAL Y BARRAL).
PERÍODO DA INSCRIÇÃO: 19 e 20/06/2017
HORÁRIO DA INSCRIÇÃO: 8 às 11h e das 14 às 17h
PERÍODO DO CURSO: TURMA DA MANHà (26/06 a 14/07/2017)
                                           TURMA DA NOITE (26/06 a 21/07/2017)
HORÁRIO DO CURSO: MATUTINO E NOTURNO
CARGA HORÁRIA: 60 HORAS


DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS NO ATO DA INSCRIÇÃO:
- Documento de Identidade (original e cópia)
- CPF (original e cópia)
- Certificado de Ensino Médio ou Superior (original e cópia)
- Declaração para professores (original)

Para mais informações, entre em contato conosco: 3226 3826

sexta-feira, 7 de abril de 2017


DIA NACIONAL DO BRAILLE TEM ATIVIDADES COMEMORATIVAS EM RIO BRANCO

Escrito por Hyrla Mariano


O Centro de Apoio Pedagógico Para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC) realizou na sexta-feira, 07 de abril, atividades alusivas ao Dia Nacional do Braille, data que homenageia o nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil.

A programação começou às 7 horas da manhã, com uma panfletagem nas proximidades da instituição, onde toda a equipe do CAP/AC esteve envolvida na distribuição de panfletos, para apresentar à sociedade os serviços ofertados pelo Centro de Apoio Pedagógico, além de ressaltar a importância do ensino do Braille para a educação e autonomia da pessoa com deficiência visual.

Nesse momento, também havia uma exposição de materiais pedagógicos utilizados pelas pessoas com cegueira ou baixa visão, como livros em Braille, sorobã, reglete, punção, máquina Perkins , calendários em Braille (que estavam sendo distribuídos aos usuários), bengala, alfa Braille, materiais adaptados, livros em áudio, entre outros.

Além disso, os professores de Orientação e Mobilidade estiveram fazendo simulações da pessoa com deficiência visual no trânsito, demonstrando como se deve auxiliar uma pessoa com cegueira a atravessar a rua, ou mesmo, possibilitando a experiência de se colocar no lugar do outro, para que os participantes pudessem vivenciar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual, na questão da mobilidade.

O encerramento das atividades deve acontecer nos dias 10 e 11 de abril, com a apresentação de filmes com audiodescrição aos usuários. “A proposta é conscientizar a população da importância de ensinar a pessoa com deficiência visual a ler e a escrever, para que possam conquistar sua autonomia, tanto na escola quanto na sociedade”, explica Gercineide Maia, coordenadora do CAP/AC.


Descrição da imagem: Professores do CAP/AC  se reúnem para a panfletagem, nas proximidades da instituição.


Descrição da imagem: Professoras revisoras explicam para os visitantes, sobre os materiais pedagógicos utilizados pelas pessoas com cegueira e baixa visão.



Descrição da imagem: Professor de Orientação e Mobilidade faz simulação de travessia na faixa de pedestres, dando as instruções para usuário com deficiência visual.


quinta-feira, 6 de abril de 2017


CAP/AC COMEMORA DIA  NACIONAL DO BRAILLE

Escrito por Hyrla Mariano


O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre - CAP/AC - realiza na sexta-feira, 07 de abril, no horário das 7h às 08h30 da manhã, um evento em alusão ao Dia Nacional do Braille: uma panfletagem nas proximidades da instituição, com o intuito de levar ao público informações sobre o Sistema Braille, um código que promove o processo de leitura e escrita das pessoas com deficiência visual. 

O Braille é um sistema de leitura tátil para cegos, criado pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos de idade. Sua escrita é baseada na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes. Os símbolos formados representam as letras do alfabeto, números, simbologia aritmética, fonética, musicografia e informática.

A data 08 de abril, em vigor desde 2010, foi escolhida em homenagem ao dia de nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro. Cego desde o nascimento, ele estudou o Sistema Braille em Paris. De volta ao Brasil, passou não apenas ensiná-lo, ainda a época do Império, mas também a difundi-lo, e por seu trabalho recebeu o título honorífico de "Patrono da Educação dos Cegos no Brasil".

“A proposta surgiu a partir do amadurecimento de ideias de nossos servidores, como uma forma de comemorarmos o dia Nacional do Braille e falarmos da importância da pessoa com deficiência visual aprender a ler e a escrever em Braille para a sua autonomia na escola, na sociedade. Temos como parceiros a Associação das Pessoas com Deficiência Visual – ADEVI e a Rede de Leitura da Fundação Dorina Nowill. Estamos juntos em prol da inclusão da pessoa com deficiência visual, mas enfatizamos que os nossos alunos que necessitam ser alfabetizados no Sistema Braille, precisam frequentar a Sala de Recurso Multifuncional – Tipo 2. A Secretaria de Educação Estadual, por meio da Coordenação de Educação Especial, tem contratado professores para atuarem nesses espaços e isso é muito positivo”, explica Gercineide Maia –   coordenadora do CAP/AC.

“Por meio do Braille, a pessoa com deficiência visual tem condições de se integrar à sociedade e desempenhar várias funções. Hoje, a informática desempenha um papel importante na aprendizagem e autonomia da pessoa cega ou com baixa visão, através dos recursos tecnológicos, porém, nenhum deles substitui o Braille, visto que ele é um sistema que facilita o acesso à informação, à leitura, cultura e ao mundo do trabalho”, destaca Hyrla Mariano – professora do Núcleo Tecnológico.

Como parte da atividade, o muro da instituição passará por uma intervenção artística, sendo coberto com materiais escritos em Braille. Além disso, como fechamento da programação, o Núcleo Tecnológico do CAP/AC deve apresentar um filme com audiodescrição para os usuários.

CONHEÇA O CAP/AC

O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre (CAP/AC), localizado na Rua Omar Sabino, número 650, no bairro Estação Experimental, existe há 16 anos e tem como objetivo apoiar o processo de inclusão educacional da pessoa com deficiência visual em seu processo de escolarização.

A instituição é composta por três núcleos: Núcleo de Produção, Núcleo Tecnológico e Núcleo de Capacitação.

O Núcleo de Produção é responsável pela produção de materiais didáticos e pedagógicos no Sistema Braille, em áudio e no formato digital acessível Daisy (livros digitais falados). 

Descrição: imagem apresenta duas mãos de uma criança sobre o alfabeto, realizando a leitura no sistema Braille com as pontas dos dedos.

O Núcleo Tecnológico visa habilitar e reabilitar a pessoa com deficiência visual, a comunidade e os professores, no uso e manuseio das diferentes etapas iniciais da informática, oportunizando a inclusão digital e virtual, com auxílio da Tecnologia Assistiva (TA), além da orientação do uso de sistema operacional em smartphones através do leitor de tela e configurações de acessibilidade.

O Núcleo de Capacitação oferta formação continuada, cursos, palestras, oficinas e workshops, na intenção de orientar professores, usuários, familiares e comunidade na perspectiva da inclusão e formação específica na área de deficiência visual. Além disso, há o trabalho dos professores de Orientação e Mobilidade, que proporciona à pessoa cega ou baixa visão, independência, autonomia na locomoção e autoconfiança, como elementos que favorecem a integração social.